sábado, 9 de outubro de 2010

Um dia perfeito...


Em meio a um grande período de silêncio, hoje pela manhã me deparei com uma frase grafitada em um muro. Uma única frase perdida em meio a expressões artísticas de garotos que espalham a sua arte pelos muros da cidade. Estava lá escrito: como seria o seu dia perfeito? Por um segundo, foi como se eu tivesse sido absorvida por aquelas letras escritas na cor vermelha. Como seria o meu dia perfeito? Primeiro teria que ser um dia bonito, com céu azul e sol a pino. Um dia sem obrigações, livre de compromissos chatos e interpretações profissionais. Um dia para encontrar os amigos, jogar conversa fora, sorrir das besteiras da vida, dar e receber carinho gratuito e sincero daqueles que nos aquecem o coração e nos lavam a alma. O meu dia seria perfeito com gestos nobres, palavras doces, afagos generosos, sorrisos sinceros, verdades indiscutíveis, sonhos realizados, devaneios benévolos e amores eternos. Manteria distância de palavras amargas e pessoas com gestos egoístas. Esqueceria os problemas que me embaçam a mente e me tiram o sono e dormiria como uma criança despreocupada com a vida. Sentiria a segurança daqueles que ainda não tem com o que se preocupar. Pediria colo e carinho de mãe e me sentiria protegida como há tempos não me sinto. Ouviria piadas bobas e gargalharia como uma maluca, sem medo de ser feliz. Me lançaria a desafios e obstáculos como quem toma um copo d’água em meio ao deserto. Como se fosse o último. Sem reservas ou receio de me machucar. Seria livre. Livre de regras e scripts. Liberta dos jogos sociais do dia a dia e esta liberdade seria a mola propulsora do meu dia perfeito, porque ser feliz é ser, antes de tudo, livre.

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